Damares se une à oposição e questiona operação entre BRB e Banco Master

Movimento de senadores gera tensão política e reações no governo do Distrito Federal, que vê a operação como estratégica para o fortalecimento econômico local


Brasília, 30 de abril de 2025 — A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) se uniu aos senadores Leila Barros (PDT-DF) e Izalci Lucas (PL-DF) para apresentar um requerimento na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, pedindo a convocação dos presidentes do Banco de Brasília (BRB) e do Banco Master para prestar esclarecimentos sobre a proposta de aquisição de ativos do Banco Master pelo BRB.

A ação parlamentar, que também conta com o apoio da oposição — incluindo membros do Partido dos Trabalhadores — tem gerado críticas por parte de aliados do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que defendem a operação como estratégica para o fortalecimento do setor financeiro local.

O requerimento levanta preocupações sobre supostos riscos financeiros envolvidos na negociação. No entanto, fontes próximas ao GDF avaliam que o movimento dos senadores tem motivações políticas, especialmente diante das articulações eleitorais visando o governo do DF em 2026. Leila, Izalci e Damares são citados como potenciais pré-candidatos ao Palácio do Buriti.

A operação em análise prevê a aquisição, por parte do BRB, de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master. A proposta está atualmente sob avaliação do Banco Central, responsável por aprovar transações de natureza financeira no país.

A movimentação de Damares tem chamado a atenção por conta do histórico recente de alianças políticas. Em 2022, sua candidatura ao Senado contou com o apoio da vice-governadora Celina Leão (PP), hoje pré-candidata ao governo do DF com o respaldo de Ibaneis Rocha. Interlocutores do governo classificam como "inesperada" a postura da senadora em se alinhar a figuras críticas à atual gestão.

A judicialização do caso também foi tentada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que entrou com ação para suspender a operação. Contudo, o juiz federal Júlio Roberto dos Reis rejeitou o pedido, afirmando que não havia "prova robusta e idônea" para justificar a medida cautelar.

A possível interferência política na condução da operação é vista com preocupação por representantes do governo distrital, que afirmam que a transação tem o objetivo de ampliar a atuação do BRB e consolidar sua posição no sistema financeiro nacional. A avaliação interna é de que a iniciativa contribuiria com a geração de empregos e o desenvolvimento econômico do DF.

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